quinta-feira, 2 de julho de 2009

Argumento

A sociedade na qual vivemos baseia-se demasiadamente nas aparências. As pessoas precisam estar sempre bonitas, bem vestidas e arrumadas, bem vistas socialmente, com seus carros, suas geladeiras e seus filhos nas escolas. Se for para ser rebelde, um moicano basta, umas roupas rasgadas, umas correntes. Tudo isso é o suficiente para cobrir um corpo com falta de identidade e idéias sobre o mundo ao seu redor. A incoerência entre imagem e pensamentos verdadeiros é um dos aspectos mais hediondos do mundo.

O problema não está meramente na hipocrisia, este sendo o fator mais grave. Outro lado está na falta de significado que tudo têm adquirido. As pessoas se vestem, se pintam e fazem tatuagens que não significam nada. Trazem para dentro de suas casas objetos decorativos fantasiadas de arte cujas origens e simbologias desconhecem, se é que estas "obras de arte" possuem algum sentido. Elas existem e são usadas apenas pelo seu valor estético.

Para tudo isso, existe a metáfora: "para que um rosto se não tenho uma cabeça para sustentá-lo?". O estético é aceitável – e, por vezes, necessário – desde que exista um motivo maior para sua existência.

A criação do curta-metragem CAVERNA baseou-se, principalmente, nas narrativas do escritor inglês Neil Gaiman, em especial o quadrinho Sandman, e nos filmes em geral do diretor Tim Burton. Além disso, a estética será baseada no filme o Labirinto do Fauno e no Gabinete do Dr Galigari.